sábado, 16 de junho de 2007

Aluno agride à facada professor universitário



Será que ainda nos surpreendemos?


«O director da Escola de Direito da Universidade do Minho (UM), Luís Manuel Gonçalves, foi ontem assistido no Hospital S. Marcos após ter sido agredido, no seu gabinete, no Campus de Gualtar, Braga, por um aluno que o atacou com uma faca de cozinha. O docente, que já teve alta hospitalar, sofreu vários golpes sem gravidade no rosto, toráx e num dos braços. (...)


Pouco passava das 12 horas quando o agressor, natural de Barcelos, esperou pela saída dos funcionários, docentes e não-docentes, para se abeirar do professor a quem reclama, desde há
um ano, segundo apurou o JN, um "estatuto especial de estudante" devido ao seu problema de gaguez. (...)



Após ter sido recebido pelo director da Escola de Direito, no seu gabinete, o aluno puxou da faca e esfaqueou o professor em várias partes do corpo. (...)


Este acto - alegada tentativa de homicídio - podia ter tido um final mais dramático, pois o JN apurou ainda que a faca de cozinha utilizada pelo estudante partiu-se durante agressão, e também porque a funcionária que pediu ajuda se meteu no meio do professor e do aluno na tentativa de afastar o agressor. (...)


Após o incidente, a vítima deslocou-se, pelos seus próprios meios, ao Hospital S. Marcos, em Braga, com a cara e roupa ensanguentadas, onde recebeu tratamento, enquanto o agressor foi detido, sem qualquer acto de resistência, por elementos da GNR chamados ao local. (...)»

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Boas novas?

O ensino em Portugal ganhou 290 mil alunos, entre os anos lectivos de 1977/1978 e de 2005/2006, contando actualmente com mais de dois milhões de estudantes.Esta é uma das conclusões do relatório 30 Anos de Estatísticas da Educação, da responsabilidade do Gabinete de Informação e Avaliação do Sistema Educativo (GIASE).

Esta notícia parece ser, à partida, muito positiva mas o certo é que, olhando à nossa volta, na prática, o seu lado positivo não salta à vista. O problema é que continua a pensar-se em quantidade e não em qualidade. De que nos servem alunos nas escola que se estão, e perdoem-me a expressão, borrifando para tudo e todos, que agridem em vez de falar, que desrespeitam qualquer autoridade, que fazem dos estabelecimentos de ensino autênticos circos de atrocidades?

Haverá, por favor, alguém que saiba responder-me?

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar

Em deambulações por blogues alheios, descobri um artigo ao qual não pude ficar indiferente. Ao que parece, especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam no dia 28 de Março que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto dos pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
A realidade que se avizinha já é a nossa. Agora falta reconhecermos realmente. Confesso que continuo a ter sérias dúvidas relativamente a alguns pontos das 12 medidas propostas pela Federação Nacional de Professores para combater a indisciplina e a violência nas escolas (publicadas a 24 de Abril do corrente ano).
Já é notório que a maioria dos casos de violência nas escolas começa nas próprias casas e é obviamente o reflexo da falta de educação que existe no seio das famílias.
Será que nos cabe a nós professores garantir e exigir o mínimo das regras básicas de educação por parte de alunos que não as sabem cumprir?
E se assim for, como é que espera que o façamos, Exma. Sra. Dra Ministra?
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