quarta-feira, 13 de junho de 2007

Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar

Em deambulações por blogues alheios, descobri um artigo ao qual não pude ficar indiferente. Ao que parece, especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam no dia 28 de Março que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto dos pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
A realidade que se avizinha já é a nossa. Agora falta reconhecermos realmente. Confesso que continuo a ter sérias dúvidas relativamente a alguns pontos das 12 medidas propostas pela Federação Nacional de Professores para combater a indisciplina e a violência nas escolas (publicadas a 24 de Abril do corrente ano).
Já é notório que a maioria dos casos de violência nas escolas começa nas próprias casas e é obviamente o reflexo da falta de educação que existe no seio das famílias.
Será que nos cabe a nós professores garantir e exigir o mínimo das regras básicas de educação por parte de alunos que não as sabem cumprir?
E se assim for, como é que espera que o façamos, Exma. Sra. Dra Ministra?

1 Comentários:

Blogger José Carrancudo disse...

Esta, é uma das razões. Mas a Escola também não está a cumprir a sua função formativa, e muito menos a educativa.

O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.

Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.

Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.

20 de junho de 2007 às 17:40  

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